A Samarco retomou suas atividades em dezembro de 2020 com 26% de capacidade produtiva e, atualmente, opera com 30% de sua capacidade, utilizando um concentrador e uma usina de pelotização, o que permite uma produção média anual de aproximadamente 9 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério.
Em 2023, a empresa produziu 9,4 milhões de toneladas e, nos três primeiros anos de retomada gradual e segura de suas operações, a produção chegou a 25,7 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro.
De acordo com o plano de negócios da empresa, a previsão é que um segundo concentrador possa ser reiniciado até 2025 para atingir um ritmo de produção de aproximadamente 15 Mtpa, com 60% da capacidade produtiva. O reinício do terceiro concentrador deverá ocorrer até 2028, quando a empresa prevê atingir 100% de sua capacidade produtiva, com escala de produção de 26/27 Mtpa.
A Samarco retomou suas operações de uma forma diferente, sem a utilização de barragens de rejeitos. O sistema de disposição de rejeitos da empresa inclui cava confinada e Sistema de Filtragem de Rejeitos para empilhamento a seco. Na filtragem, o rejeito arenoso (80% do total) deixa de ser disposto em polpa nas barragens e/ou empilhado hidraulicamente e passa a ser um material com alto teor de sólidos, possibilitando o empilhamento a seco. Os 20% restantes são dispostos na Cava Alegria Sul, uma estrutura que permite a contenção natural do rejeito.
De acordo com o Plano de Restruturação, o Limite da Obrigação com Remediação abrange todos os pagamentos feitos pela Samarco em relação às Obrigações com Remediação, incluindo não apenas demandas ambientais, mas todas as demandas e discussões sobre a remediação dos danos decorrentes do colapso da Barragem de Fundão, mesmo que essas demandas surjam de ações em outras jurisdições além do Brasil.